O General de Brigada Paulo Chagas, que além de general é blogueiro e influenciador social, publico um um texto em seu perfil no Twitter que pode refletir o que pensa grande parte de seus pares, oficiais generais das Forças Armadas.

Os oficiais, principalmente os generais da reserva, tem se sentido afrontados com questões que vão desde a proibição de menções positivas ao regime militar, passando pela declaração de que as Forças Armadas são subalternas até chegar na decisão do STF que confirma a visão de que não existe poder moderador no Brasil, onde consta a determinação para leitura nos quartéis das Forças Armadas.

Em seu texto, publicado nessa quarta-feira (03/04/2024), Paulo Chagas comparou o Exército a um tigre que pode a qualquer momento se irritar. Um dos seguidores do oficial fez pouco da mensagem e disse que o general fala por enígmas ao invés de ser claro: “Esse Gen bate bico de pijama, fala por enigma, desculpe a redundância, de difícil interpretação. Quem seria o tigre e o gato? a comparação correta seria melancia e maxixe.“

“O LIMITE DA MANSIDÃO Caros amigos Tanto um TIGRE como um GATO são animais carnívoros que, na natureza, caçam por instinto para alimentar a si e suas proles. Ambos podem conviver pacificamente com o homem sem que percam os reflexos do seu instinto. Existem muitos casos de grandes felinos que são criados como animais domésticos, de estimação, como se fossem gatos. Um gato doméstico brinca com seu dono ou com outros animais de acordo com suas características físicas, seus instintos e dons naturais, ou seja, “brinca de lutador/caçador” o que em nenhum caso representa risco de morte para os que convivem e brincam com ele. Contudo, um tigre, mesmo manso, domesticado e bem alimentado é sempre uma ameaça para quem, por qualquer razão ou motivo, dele se aproxima. Um tapa desferido por um gato, durante uma brincadeira, pode no máximo causar um arranhão. Todavia, na mesma circunstância e respeitada a proporção, um tapa desferido por um tigre, por mais manso e domesticado que ele seja, em princípio causará dano físico ao parceiro da brincadeira. Esta deve ser uma preocupação permanente para quem se dispõe a brincar com um felino de grande porte, mesmo que domesticado e disciplinado, principalmente quando o excesso de confiança levar a brincadeira a ultrapassar o limite da mansidão do animal. É um grave erro pensar que um tigre caseiro nunca se irritará. Eu ainda não me arrisco a duvidar… Paulo Chagas (Cidadão Brasileiro, Militar Reformado do Exército de Caxias)”