O Presidente da República, Santiago Peña, decidiu suspender a importação de armas para enfrentar um dos grandes flagelos que atinge o Paraguai, principalmente as zonas fronteiriças e também o Brasil.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo presidente durante a assinatura do documento entre Paraguai e Brasil para fortalecer o combate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e à corrupção.

“Quem faz parte do Conselho de Defesa Nacional sabe que minha posição tem sido muito dura em relação à importação de armas no Paraguai, pedi a suspensão da importação de armas”, confirmou Peña.

A decisão se deve ao fato de a importação de armas ser um dos grandes flagelos que atinge o Paraguai, principalmente nas áreas fronteiriças e também o Brasil.

O acordo reflete todos esses sentimentos de fraternidade

Sobre o documento assinado na data, destacou que representa um novo capital desta relação histórica. “Este acordo reflecte todos estes sentimentos de fraternidade, temos um caminho muito positivo pela frente”, frisou ao reconhecer que o combate ao crime organizado, à corrupção e ao branqueamento de capitais exige a colaboração de outros poderes do Estado.

Indicou também que o futuro reserva grandes desafios para o Paraguai e o Brasil e que o objetivo é obter grandes benefícios deste vínculo de fraternidade, afirmou.

“Não vamos poupar esforços, tomaremos todas as medidas necessárias e seremos implacáveis ??com aqueles que não estão à altura do desafio, não me refiro apenas a quem toma a decisão de estar à margem da lei mas também com aqueles que devem aplicar a lei dentro do Paraguai”, acrescentou.

Na mesma linha, o presidente mencionou que assume esse gesto do Brasil com enorme responsabilidade e, nesse sentido, empenha todos os esforços para contribuir com a segurança de ambas as nações.

Revelou também que se o Paraguai resolver seus problemas de segurança, isso terá um impacto positivo no país vizinho.

Uma nação próspera não se constrói sozinha

Em outro momento de sua fala, destacou que o Paraguai vem trilhando o caminho do desenvolvimento. Sobre o assunto, admitiu que uma nação próspera não se constrói sozinho, por isso desde o primeiro momento nos esforçamos para formar uma equipe humana de homens e mulheres que entendam que o país é um só e que todos nos devemos a ele .

Da mesma forma, o presidente destacou que segurança e defesa fazem parte do seu eixo de trabalho. Comentou que têm enfrentado cada um dos desafios sabendo que se trata de uma possível mudança radical no sistema de segurança que, por sua vez, permitirá resolver outros problemas como a falta de emprego e de oportunidades.

Por outro lado, o presidente expressou sua admiração pelo Brasil e especialmente pelo seu presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem descreveu como um grande líder mundial.

“Sinto uma grande admiração pelo Brasil, é a oitava maior economia do mundo, a maior democracia da América Latina, um país que nos deu muita satisfação (…) com o presidente Lula estamos unidos por um olhar comum para o futuro", expresso.

Assegurou que ambos os países mantêm uma união indivisível, refletida na magnífica barragem que o Paraguai e o Brasil compartilham, a Itaipu Binacional. “Nossos laços são muito mais profundos”, enfatizou finalmente.

Fonte: IP