Na manhã de ontem quarta-feira (28/02), a Polícia Federal realizou uma operação integrada com órgãos municipais e também com o auxílio de autoridades paraguaias com o objetivo de reprimir e combater a exploração de trabalho de crianças e adolescentes que chegam ao Brasil pela Ponte Internacional da Amizade, fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu.
A Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho, Secretaria Municipal de Assistência Social, Conselho Tutelar, representantes do grupo Cáritas e OAB formaram a comitiva brasileira; e o Consulado Paraguaio, Ministério Público do Paraguai e a Secretaria de Justiça Social representaram as autoridades paraguaias.
O objetivo desta ação integrada foi o combate à exploração infantil de crianças paraguaias que são forçadas a pedir esmola, em diversos pontos da cidade de Foz do Iguaçu, sendo submetidos a riscos ao permanecerem em ruas movimentadas, pedindo dinheiro, vendendo água, limpando carros ou sentadas na calçada durante todo o dia sob sol e condições climáticas adversas, em horário em que deveriam estar na escola. Trata-se de crime complexo que envolve fatores econômicos, sociais, culturais e psicológicos. Portanto, exige uma atuação coordenada de variadas instituições.
Na ponte, os carros, motos, ônibus e vans, que ingressavam no país, foram abordados nas baias de fiscalização de entrada no Brasil da Aduana da PIA, a fim de não causar transtornos aos usuários da via. Com isso foi possível vistoriar com cuidado e segurança os veículos selecionados pelos policiais e agentes fiscalizadores.
Durante a operação, foram abordados 96 veículos; 32 menores foram devolvidos às autoridades paraguaias. Constatou-se pelo menos um caso de entrada de criança para trabalho no Brasil, sendo a vítima conduzida pelo Consulado Paraguaio às autoridades do seu país: a menor carregava itens de limpeza de vidros de carro em sua mochila. No transcorrer da atividade, foi efetuada a prisão em flagrante de um paraguaio pelo transporte de mercadoria contrabandeada e oculta na moto em que pilotava.
Disque-Denúncia
(45) 99116-8691 (telefone/WhatsApp)
Fonte: CS/PF/Foz