O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou, na quarta-feira (16), que o horário de verão não vai ser retomado neste ano. No entanto, que, em 2025, a modalidade pode ser reavaliada e, eventualmente, voltar ao calendário.
Conforme Silveira, a decisão foi tomada, pois, neste ano, as medidas de planejamento da pasta garantiram a segurança energética no Brasil. A decisão foi publicizada após uma reunião entre o ministério e o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
O ministro explicou que, desde 2023, o Brasil não corre risco de desabastecimento de energia. Dessa forma, o retorno do horário de verão este ano serviria para garantir o suprimento energético com menores tarifas ao consumidor. O ministro destacou, contudo, que a modalidade deve ser considerada como política pública.
Apesar do Brasil viver a pior seca dos últimos 70 anos, conforme a pasta, ações planejadas e emergentes do governo garantiram a segurança energética no Brasil, a exemplo da preservação de recursos da bacia do Rio Paraná e a operação no reservatório da Usina de Belo Monte.
Para Silveira, tais medidas pretendem preservar os níveis de reservatório de água para a geração de energia hidráulica para os horários de pico, evitando o despacho das térmicas, que têm custo mais elevado.
Um relatório apresentado pelo ONS alega que o horário de verão é importante, estrutural e que, em 2025, pode ser adotado para aumentar a segurança do sistema e a modicidade tarifária.
“Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025″, avaliou Silveira. “O horário de verão é uma política com impactos transversais, e a sua aplicação deve ser sempre analisada com cuidado e baseada em dados técnicos, buscando o melhor para o país e para a população.”
O período em que o horário de verão pode retornar também será avaliado no próximo ano. A decisão para manter a suspensão da modalidade foi discutida entre Silveira e setores técnicos da sociedade.
Fonte: R7