A ponte internacional que vai ligar o Brasil ao Paraguai, por Porto Murtinho, a 438 quilômetros de Campo Grande, segue em ritmo acelerado de construção. Os principais pilares de sustentação da travessia estão a mais de 50 metros de altura acima da superfície, mostrando a magnitude gigantesca da obra que terá 130 metros nas duas extremidades do rio.
A construção será a conexão entre os países à Rota Bioceânica, que vai conectar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile em apenas uma ligação rodoviária. O comprimento da ponte foi redimensionado para 1.310 metros e terá largura de 20,10 metros e quatro pistas, com capacidade para absorver o fluxo esperado de movimentação diuturna de cargas e tráfego de veículos bitrem. Nas laterais, serão construídas passagem de pedestres e uma ciclovia.
O vão central da ponte (parte estaiada) terá 350 metros, sustentado por quatro pilares de 130 metros de altura, a 30 metros do nível do rio. A parte chamada convencional (vigas pré-moldadas) se estenderá por 361 metros do lado brasileiro e 300 metros no Paraguai, segundo o projeto.
O Consórcio PYBRA, formado pelas empresas Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade, é responsável pela construção da ponte e tem equipes trabalhando até no período noturno. Segundo o MOPC (Ministério das Obras Públicas e Comunicações), materiais como cabos e tirantes para a estrutura estaiada já foram adquiridos.
A travessia concretiza um sonho de décadas: a ligação rodoviária entre os oceanos Atlântico (Santos) e Pacífico (Chile), tornando Porto Murtinho o centro econômico da Rota Bioceânica e Mato Grosso do Sul em um hub logístico da América Latina. A Rota Bioceânica vai encurtar em 8 mil km a distância percorrida pelos produtos brasileiros rumo ao mercado asiático.
A obra física da Rota Bioceânica – que compreende a pavimentação de trechos de rodovias no Paraguai e Argentina, construção da ponte sobre o Rio Paraguai e do acesso, bem como a reestruturação da BR-257 até Porto Murtinho – deve ser concluída em no máximo dois anos e meio, afirmou o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, no Workshop sobre a Rota Bioceânica realizado na última semana.
Fonte: Aampo Grande News