Com a reforma do Novo Ensino Médio perto de se tornar uma realidade, muitos estudantes estão preocupados com possíveis mudanças para a próxima edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, nada será alterado no formato da prova em 2024, embora haja, sim, planos de que o Enem mude de cara em 2025, adotando, por exemplo, questões discursivas, como faz a Fuvest ou a Comvest.
Mas muitos alunos, principalmente da rede pública, já estão sendo impactados pela nova grade curricular. Planejada para ser implementada gradualmente, ela vem se arrastando desde 2022, com disciplinas que não serão cobradas no atual modelo de Enem, e o pior: sem conteúdos que são exigidos na prova.
O novo modelo pede um aumento da carga horária de 2.400 para 3.000 horas ao longo dos três anos, que seria preenchido também com disciplinas optativas.
Desse modo, metade das aulas seria obrigatória e igual para todos os alunos, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como matemática, português, física, química, biologia, história, geografia, filosofia e sociologia.
E outra parcela seria uma escolha do próprio estudante, nos assuntos em que ele deseje se aprofundar, os chamados itinerários formativos. Eles são divididos em quatro áreas:
• linguagens;
• ciências humanas e sociais;
• ciências da natureza;
• matemática.
Se o Novo Enem for de fato inaugurado em 2025, o exame mudará de acordo com a grade curricular. O primeiro dia de provas, portanto, seria igual para todos, com questões interdisciplinares. No segundo dia, os candidatos fariam as provas de acordo com as quatro áreas optativas.
Também seriam exigidas questões discursivas e enunciados que cobram a língua inglesa.
Vale lembrar que o modelo atual tem redação e 90 questões de linguagens e de ciências humanas no primeiro dia, mais 90 testes de matemática e ciências da natureza no segundo. O participante pode escolher entre responder a questões de inglês ou espanhol como língua estrangeira.
Na edição deste ano, que aconteceu em 5 e 12 de novembro, 71,9% dos 3,9 milhões de inscritos realizaram a avaliação. O tema da redação foi sobre os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil.
Fonte: R7